terça-feira, 1 de setembro de 2009

Reciclagem de Resíduos Sólidos

A natureza digere cada tipo de poluente num determinado tempo. Enquanto alguns poluentes são rapidamente degradados, outros podem sujar o ambiente por muitos séculos. Veja, a seguir o tempo de degradação de alguns materiais e formas de evitar a poluição do ambiente.

Materiais

Tempo de degradação

Solução Adequada

Aço (latas) 10 anos Reciclar

Alumínio

200 a 500 anos

Reciclar

Borracha indeterminado Reciclar

Cerâmica

indeterminado

Usar em aterros

Chicletes

5 anos

Evitar o consumo

Cordas de Nylon

30 anos

Incinerar*

Filtros de cigarro

5 anos

Incinerar*

Isopor

indeterminado

Evitar o consumo e reutilizar

Louças

indeterminado

Usar em aterros

Madeira Mais de 6 meses Reutilizar
Madeira pintada 13 anos Reutilizar

Metais (componentes de equipamentos)

Cerca de 450 anos

Reciclar

Metais (latas de cerveja e refrigerantes) 100 anos Reciclar
Papel 3 a 6 meses Reciclar

Plásticos (embalagens, equipamentos)

Até 450 anos

Reutilizar ou incinerar*
Plásticos (embalagens PET) Mais de 100 anos Reutilizar e reciclar

Pneus

indeterminado

Reutilizar ou destruir

Restos orgânicos 2 a 12 meses Usar para compostagem
Tecidos de algodão 1 a 5 meses Reutilizar
Tetrapark (embalagens de leite) Mais de 100 anos Reciclar

Vidros

indeterminado

Reciclar

* A incineração deve ser feita em fornos com filtros adequados.

Na Europa, já existe legislação responsabilizando os fabricantes pela coleta e destinação final dos resíduos que seu segmento produza. É o caminho para cobrar responsabilidades, evitar os enormes depósitos de lixo e sucata e forçar investimentos no estudo de tecnologias de reutilização.

Também é importante que a população aprenda a respeitar o meio ambiente, evitando jogar lixo nas ruas, no mato e nas águas. Já existem muitas experiências de reutilização de resíduos sólidos. A reciclagem economiza energia e poupa recursos naturais, reduzindo os impactos ambientais.

Alumínio

Sua produção consome grande quantidade de energia. Cerca de 8% da energia elétrica gerada no Brasil é consumida na indústria do alumínio. O Brasil, felizmente, já é um dos grandes recicladores de latas de alumínio. Os produtos de alumínio podem ser totalmente reciclados.


Outros metais

Em geral podem ser reciclados usando muito menos energia do que a necessária para sua produção a partir do minério. O ferro, por exemplo, é facilmente recuperável por triagem magnética.

Entulho de material de construção

Há inúmeras possibilidades de reutilização na própria construção civil.

Papéis

São produzidos a partir de madeiras (árvores). Reciclar papel é preservar árvores. Todos os papéis podem ser reciclados, para finalidades originais ou para outras menos exigentes.

Plásticos

Provocam entupimento de bueiros e poluem morros, lagos, rios, praias e parques. Existem vários plásticos (polietileno, poliestireno, PVC e PET) com diferentes propriedades. Sua reciclagem é pouco praticada, mas produz novos materiais capazes de substituir madeiras e plásticos novos. Servem para revestimento de estradas, fabricação de canos, vigas ou vasilhames.

Pneus

Levam décadas para se degradar . Neles formam-se depósitos de água que servem para reprodução de insetos transmissores de doenças como a dengue. Podem ser utilizados para fazer muros de contenção, viveiros de peixes no mar ou, após moídos, transformam-se em matéria prima para produtos de borracha (como tapetes), e até para fazer combustível.

Vidros

Podem ser totalmente reciclados, sendo refundidos, com enorme economia de energia.

Madeira

Pode ser reaproveitada para construção de objetos menores, usada como matéria-prima para compensadoss ou queimada como combustível.

Pilhas e baterias

Esses produtos contém altos níveis de metais pesados, por isso é proibido descartá-los diretamente na natureza. Eles devem ser recolhidos pelos fabricantes através de suas redes de venda e assistência técnica. É o que estabelece a resolução CONAMA no 257 de 30/06/99.

Lâmpadas fluorescentes

Produto muito usado, que contém mercúrio (25 mg por unidade). O limite tolerado pelo homem é de apenas 40 mg. Ao contrário das pilhas e baterias, não existe um programa para o descarte adequado desse produto que, além de poluir, podem provocar acidentes pelo vidro e contaminação pelo mercúrio.

Rejeitos nucleares

O lixo radioativo é certamente o que provoca mais polêmica. Ele é uma das grandes preocupações dos movimentos ambientalistas em todo o planeta. O lixo radioativo vem dos laboratórios de pesquisa e centros de tratamento em medicina nuclear (15%) ou das usinas de energia nuclear (85%).

Alguns elementos radioativos desintegram-se instantaneamente, outros têm uma meia-vida (termo técnico para o tempo de atividade radioativa de determinado elemento) que pode chegar a milhares de anos.

Nas centrais nucleares, o rejeito nuclear pode ser o próprio urânio usado (retirado dos reatores quando sua atividade já não produz a energia necessária) ou componentes de equipamentos (tubos, materiais de desmonte e outros materiais) contaminados. Os rejeitos tecnológicos e os utilizados em aplicação médica têm vida curta e fraca atividade radioativa. Entretanto, o combustível das usinas representa um duplo perigo. Ele tem vida longa e alta atividade radioativa. O combustível nuclear utilizado pode ser tratado, mas ainda assim sobram resíduos.

A solução mais adequada, hoje, para os rejeitos radioativos de vida longa seria esfriá-los na superfície durante 10 anos e enterrá-los a grande profundidade em camadas geológicas adequadas (sal, argila, granito, xisto), sem circulação de água subterrânea e sem riscos de terremotos. Essa solução, no entanto, é muito cara. E ninguém quer, em sua vizinhança, um lixo perigoso que durará milhares de anos.



Rejeitos agroalimentares

Os principais rejeitos agroalimentares são os despejos da criação e abate de animais e pescados, usinas de cana-de-açúcar, destilarias, cervejarias, usinas de leite, descartes na seleção de frutas e legumes e serrarias.

Todos os rejeitos orgânicos podem ser reaproveitados como alimento, ração animal ou adubo orgânico. No entanto, esse cuidado ainda é pouco valorizado pela humanidade. Com isso, grande quantidade de lixo é produzida e descartada de forma inadequada. O Brasil é um dos países que mais desperdiça alimentos no mundo, desde a colheita até a cozinha.

Isopor

Esse produto é realmente um grande problema ambiental. É produzido a partir de um derivado do petróleo, o benzeno, que é cancerígeno. O benzeno por sua vez, é convertido em estireno e este finalmente é injetado com gases que lhe dão a consistência de espuma. Os gases mais comumente usados são os CFC's.

O isopor leva em média 500 anos para se decompor em ambiente natural. Por isso é importante que as pessoas se conscientizem e lutem para a eliminação dessas substâncias.

Recentemente um grupo de pesquisa da UNICAMP desenvolveu uma bioespuma produzida a partir de óleo de mamona, cana-de-açúcar e amido de milho que se decompõe em 2 anos e meio. Mas enquanto essa bioespuma não entra no mercado devemos estar atentos.

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