sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Calcário na água – um problema de saúde pública?

Por Arq. Iberê M. Campos

A água é um bem essencial na nossa saúde e para a qualidade de vida como um todo, no entanto pode também ser uma fonte de problemas. O calcário presente na água pode trazer prejuízo para os consumidores. Ele pode causar calcificação nas tubulações, menor duração dos metais sanitários, água mais turva e contaminada e menor custo de reparação e manutenção. Nas construções, pode alterar a qualidade das massas e do concreto.
Diversas regiões do Brasil enfrentam problemas com a água fornecida pelas concessionárias, gerando dúvidas quanto a sua qualidade. E comum notar que na caixa d´agua e na caixa de descarga fica um depósito de um pó branco -- que alguns dizem ser calcáreo. Os chuveiros entopem constantemente com este pó e tem de ser desmontados e limpos com freqüência. A maior parte da população tem medo de beber desta água e compram agua mineral para consumo.

Neste contexto, pode-se perguntar qual é realmente a qualidade da água que causa estes problemas? O que seria este pó que aparece nos fundos das caixas d´águas e chuveiros? Será que esta água pode ser consumida para beber sem riscos a saúde, ou a população está correta em comprar agua mineral para consumo? Mais: será que existe algum filtro que resolva o problema da água para que ela possa ser consumida e ter sua qualidade melhorada? Estas dúvidas levam muitas pessoas a achar que as águas de cisternas e poços têm qualidade melhor que a água distribuida pelas concessionárias, mas será que isto é verdade?

Poços versus Concessionárias

Em termos gerais, a água retirada de poços artesianos apresenta boa qualidade quanto à pureza bacteriológica, porém, deixa a desejar na parte física e química. A água potável distribuída pelas concessionárias pode apresentar um alto índice de “dureza” (quantidade de minerais nela dissolvidos, principalmente de calcário) e outros materiais em suspensão. Pode também não ter um sabor agradável, obrigando muitos a absorver prejuízos para poder conviver com esta situação. Entre os prejuízos estão:
• Compra frequente de garrafões de água mineral.
• Redução da vida das resistências elétricas pelo acúmulo do calcário
• Aumento do consumo de energia e da manutenção nos chuveiros, saunas e aquecedores
• Limpeza periódica da grelha dos chuveiros
• Limpeza constante dos filtros, em geral instalados na rede próximo ao hidrômetro. Aliás, neste promenor cabe uma observação: o consumidor que instalar instalando este sistema de filtragem na verdade está arcando com a despesa de completar o tratamento da água, que por lei deveria ser obrigação da empresa prestadora de serviços.
• Maior gasto com produtos de limpeza -- sabão e detergente.
• Os talheres de aço inox, metais, torneiras, copos de vidros, perdem o brilho; panelas, canecos de ferver água ficam impregnados de calcário
• Diminui a qualidade das roupas após serem lavadas.

Água turva é problema?

Nem sempre o problema da água turva está na estação de tratamento ou na fonte. O problema piora ou acontece apenas quando há manutenção e limpeza da rede de distribuição, visto que a maior parte da rede de água pública no Brasil foi construída nas décadas de 70 e 80, com poucas caixas de descarga e decantação, o que faz com que as impurezas cheguem até nas próprias residências.

As Secretarias de Saúde e as próprias concessionárias informam que a água ingerida diretamente da rede pública não faz mal, pois o controle é permanente e eficiente. Mesmo com estas informações, parte da população fica receosa em beber água turva que vem da rede pública, pensando em se prevenir contra o cálculo renal e outros problemas advindos de água contaminada.

Estes problemas só terminam quando a concessionária consegue captar água de melhor qualidade, o que às vezes demandam muitas centenas de quilômetros de tubulações e dezenas de estações de tratamento e de elevação.

Os resíduos da calcificação podem ser comparados ao mau colesterol presente no corpo humano. Quando se consegue eliminar ou diminuir a presença de calcário temos menor calcificação nas peças, maior duração das torneiras, água mais límpida e purificada, sem falar na economia nos custos de reparação e manutenção.

É interessante lembrar que a exploração dos serviços de abastecimento da água potável é uma concessão dos municípios e estados para as concessionárias, assim o poder público deveria sempre exigir uma qualidade melhor da água e um serviço de coleta de esgoto eficiente e presente para todos os pontos de consumo. O consumidor desconhece sua força para lutar por seus direitos perante as empresas prestadoras de serviços públicos.

E o calcário, pode causar danos à saúde?

Segundo as concessionárias, o pó branco é constituído por carbonato de cálcio, característico das águas de algumas regiões do Brasil. Entretanto, ainda segundo as concessionárias, não há qualquer risco à saúde pela ingestão de carbonato de cálcio (o pó branco), ou do bicarbonato de cálcio que se forma quando a água é aquecida. Portanto, a não ser por questões realmente sanitárias, a água contendo calcário pode ser consdierada potável segundo os padrões de potabilidade do Ministério da Saúde, Portaria 1469 de 20 de dezembro de 2000.

Calcário na água – um problema de saúde pública?

Por Arq. Iberê M. Campos

A água é um bem essencial na nossa saúde e para a qualidade de vida como um todo, no entanto pode também ser uma fonte de problemas. O calcário presente na água pode trazer prejuízo para os consumidores. Ele pode causar calcificação nas tubulações, menor duração dos metais sanitários, água mais turva e contaminada e menor custo de reparação e manutenção. Nas construções, pode alterar a qualidade das massas e do concreto.
Diversas regiões do Brasil enfrentam problemas com a água fornecida pelas concessionárias, gerando dúvidas quanto a sua qualidade. E comum notar que na caixa d´agua e na caixa de descarga fica um depósito de um pó branco -- que alguns dizem ser calcáreo. Os chuveiros entopem constantemente com este pó e tem de ser desmontados e limpos com freqüência. A maior parte da população tem medo de beber desta água e compram agua mineral para consumo.

Neste contexto, pode-se perguntar qual é realmente a qualidade da água que causa estes problemas? O que seria este pó que aparece nos fundos das caixas d´águas e chuveiros? Será que esta água pode ser consumida para beber sem riscos a saúde, ou a população está correta em comprar agua mineral para consumo? Mais: será que existe algum filtro que resolva o problema da água para que ela possa ser consumida e ter sua qualidade melhorada? Estas dúvidas levam muitas pessoas a achar que as águas de cisternas e poços têm qualidade melhor que a água distribuida pelas concessionárias, mas será que isto é verdade?

Poços versus Concessionárias

Em termos gerais, a água retirada de poços artesianos apresenta boa qualidade quanto à pureza bacteriológica, porém, deixa a desejar na parte física e química. A água potável distribuída pelas concessionárias pode apresentar um alto índice de “dureza” (quantidade de minerais nela dissolvidos, principalmente de calcário) e outros materiais em suspensão. Pode também não ter um sabor agradável, obrigando muitos a absorver prejuízos para poder conviver com esta situação. Entre os prejuízos estão:
• Compra frequente de garrafões de água mineral.
• Redução da vida das resistências elétricas pelo acúmulo do calcário
• Aumento do consumo de energia e da manutenção nos chuveiros, saunas e aquecedores
• Limpeza periódica da grelha dos chuveiros
• Limpeza constante dos filtros, em geral instalados na rede próximo ao hidrômetro. Aliás, neste promenor cabe uma observação: o consumidor que instalar instalando este sistema de filtragem na verdade está arcando com a despesa de completar o tratamento da água, que por lei deveria ser obrigação da empresa prestadora de serviços.
• Maior gasto com produtos de limpeza -- sabão e detergente.
• Os talheres de aço inox, metais, torneiras, copos de vidros, perdem o brilho; panelas, canecos de ferver água ficam impregnados de calcário
• Diminui a qualidade das roupas após serem lavadas.

Água turva é problema?

Nem sempre o problema da água turva está na estação de tratamento ou na fonte. O problema piora ou acontece apenas quando há manutenção e limpeza da rede de distribuição, visto que a maior parte da rede de água pública no Brasil foi construída nas décadas de 70 e 80, com poucas caixas de descarga e decantação, o que faz com que as impurezas cheguem até nas próprias residências.

As Secretarias de Saúde e as próprias concessionárias informam que a água ingerida diretamente da rede pública não faz mal, pois o controle é permanente e eficiente. Mesmo com estas informações, parte da população fica receosa em beber água turva que vem da rede pública, pensando em se prevenir contra o cálculo renal e outros problemas advindos de água contaminada.

Estes problemas só terminam quando a concessionária consegue captar água de melhor qualidade, o que às vezes demandam muitas centenas de quilômetros de tubulações e dezenas de estações de tratamento e de elevação.

Os resíduos da calcificação podem ser comparados ao mau colesterol presente no corpo humano. Quando se consegue eliminar ou diminuir a presença de calcário temos menor calcificação nas peças, maior duração das torneiras, água mais límpida e purificada, sem falar na economia nos custos de reparação e manutenção.

É interessante lembrar que a exploração dos serviços de abastecimento da água potável é uma concessão dos municípios e estados para as concessionárias, assim o poder público deveria sempre exigir uma qualidade melhor da água e um serviço de coleta de esgoto eficiente e presente para todos os pontos de consumo. O consumidor desconhece sua força para lutar por seus direitos perante as empresas prestadoras de serviços públicos.

E o calcário, pode causar danos à saúde?

Segundo as concessionárias, o pó branco é constituído por carbonato de cálcio, característico das águas de algumas regiões do Brasil. Entretanto, ainda segundo as concessionárias, não há qualquer risco à saúde pela ingestão de carbonato de cálcio (o pó branco), ou do bicarbonato de cálcio que se forma quando a água é aquecida. Portanto, a não ser por questões realmente sanitárias, a água contendo calcário pode ser consdierada potável segundo os padrões de potabilidade do Ministério da Saúde, Portaria 1469 de 20 de dezembro de 2000.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Fertilizante Natural e Caseiro

Totalmente sem contra-indicações, assim como o caldo de galinha que o indivíduo toma quando está doente. Esse é o argumento comparativo que o professor Celso Alberto Lemos, da faculdade de Agronomia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), em Uruguaiana, usa para convencer seus alunos sobre a importância da compostagem. De acordo com ele, ao reaproveitar resíduos orgânicos que iriam para o lixo, colabora-se para a preservação da natureza.

- Hoje, reciclar é uma atitude de grande efeito no ambiente. E não há conseqüências negativas - ressalta.

Lemos também lembra que, mesmo desconhecendo o termo técnico, quando se reserva um espaço no quintal para cascas de frutas e vegetais está se fazendo a compostagem.

Esse fertilizante natural para o solo pode ser desenvolvido tanto na área rural quanto na urbana e não exige investimento específico. O resultado, quando aplicado no solo, são alimentos mais saudáveis, flores mais resistentes, maior retenção de água e ar na terra, além da consciência tranqüila. Para algumas pessoas e empresas a compostagem é tão valiosa que chega a se transformar em uma forma de negócio: é vendida como adubo.